sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PORQUE SEI QUE É AMOR...EU NÃO PEÇO NADA EM TROCA....

"Na presença do meu Bem Amado, 
meu nardo exala seu perfume" 
(Cânticos dos Cânticos)

"Uma boa maneira de reconhecer um Bem Amado ou uma Bem Amada, seria se perguntar...Será que eu floresço com essa pessoa? 


Será que com essa pessoa eu consigo me expressar, ser eu mesmo, abrir as minhas asas, ou pelo contrário, me sinto encolhido, retraído, esmagado por sua inteligência opulenta e arrogante, como na presença do Faraó? 


Será que com essa pessoa consigo revelar o meu mais íntimo perfume, ou perco a minha identidade e minhas faculdades? 


O fracasso de um amor não é o fracasso do Amor.


O Amor jamais passará, é a única coisa que não podem tirar de nós, é aquilo que doamos. 
Por isso não se pode lastimar o fato de se ter amado mesmo que não tenha dado certo. 


Se realmente amamos nunca morrerá. 


O nosso corpo de luz, são tecidos com todos os atos de amor e doação que fizemos. 
Ninguém pode nos impedir de amar, mesmo aqueles que não nos amam. 


Esse é o Amor Ágape, aquele que transborda, que nao pede nada em troca." 


(Jean Yves Leloup)

BEIJOS NO CORAÇAO!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre.
Podem pôr-se processos e ações de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar.
Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução.

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar...!
(MIGUEL ESTEVES CARDOSO)