A ESSÊNCIA DO AMOR
Não apenas sexo
Se você ama uma pessoa, você compartilha o seu ser. Você compartilha o seu ser com ela, você compartilha um espaço.
Seja muito observador, seja amoroso, e, se às vezes o sexo acontecer como parte do amor, não há porque se preocupar com isso.
Mas o sexo não deve ser o foco. O foco deve ser o Amor.
É isso exatamente que o Amor é: algo que cria espaço entre duas pessoas, um espaço que não pertence a nem a uma nem a outra, mas a ambas - um pequeno espaço entre duas pessoas, onde ambas podem se encontrar e se fundir.
Esse espaço nada tem a ver com espaço físico. Ele é simplesmente espiritual. Nesse espaço você não é você e o outro não é o outro. Vocês dois entram nesse espaço e se encontram. Isso é que é Amor. Se o Amor crescer, então esse espaço comum se torna cada vez maior e ambos os parceiros se diluem nele.
(...) Existe um tipo de sexo que não é absolutamente sexual.
O sexo pode ser belo, mas a sexualidade não.
Quando digo "sexualidade", estou me referindo ao sexo cerebral - pensado, planejado, manejado, manipulado, jogando com muitas coisas, mas a coisa básica que permanece no fundo da mente é que a pessoa está se aproximando de um objeto sexual.
Quando você olha uma pessoa com os olhos desse tipo de sexualidade, você reduz o outro a um objeto sexual. O outro deixa de ser uma pessoa e todo jogo é apenas manipulação. Você vai acabar na cama mais cedo ou mais tarde. Só depende do quanto você brinque com essa ideia e do quanto vocês dois prolongarem as preliminares.
Mas, se na mente, o objetivo é apenas o sexo, então se trata da sexualidade de que estou falando.
Quando a mente não tem nada a ver com sexo, então se trata de sexo inocente, puro.
Esse sexo pode às vezes ser atá mais puro do que o celibato, porque, se um celibatário pensar continuamente em sexo, então não se trata de um celibato.
Quando a pessoa mergulha num relacionamento de amor mais profundo por alguém, sem pensar em sexo, mas ele acontece porque que ela se envolve tão profundamente que ele acontece, então está tudo bem e não a nada com que se preocupar. Não se sinta culpado por causa disso.
(Do livro "A essência do Amor" - Osho)